As receitas com vendas de discos de vinil cresceram 136% no Brasil em 2023 e superaram o faturamento de CDs e DVDs musicais pela primeira vez, segundo relatório da Pró-Música, entidade que reúne as maiores gravadoras do país, divulgado nesta quinta-feira (21).

A comercialização de música em formatos físicos representa uma parcela ínfima das receitas da indústria fonográfica, dominada pelo streaming. Mas puxadas pelo vinil, cresceram ao seu maior patamar desde 2018 no país.

As receitas com vendas físicas de música são só 0,6% do faturamento da indústria fonográfica no Brasil, enquanto 87% vêm de plataformas de streaming. Uma parcela de 12% vem de execuções públicas de faixas. Ao todo, o setor cresceu 13% em 2023, acima da média mundial, de 10%, como registrou o site da CNN Brasil.

Mundialmente, as vendas de mídias físicas representam uma parcela mais expressiva — 18% — e também cresceram em 2023, mas o impulso maior veio dos CDs, como mostrou um relatório da International Federation of the Phonographic Industry, que representa o setor globalmente, também divulgado nesta quinta (21).

A Ásia é a região que mais consome CDs, DVDs e vinis, que representam quase metade (49%) das receitas do setor. A revista Billboard destaca que o resultado vem principalmente das vendas de grupos de Kpop, como o Seventeen, que liderou o ranking mundial de álbuns mais vendidos em 2023.

Nos Estados Unidos, a venda de vinis superou as de CDs em 2022, segundo um relatório da Recording Industry Association of America divulgado em março de 2023. Foi a primeira vez que isso ocorreu desde 1987, conforme destacou o jornal Folha de S.Paulo.