Aniversário

A perda do pai na 2° guerra, ridicularizações abusivas por parte de alguns professores, a mãe super protetora e o fim do seu casamento descontam como tijolos desse muro metafórico retratado ao vivo durante os shows

Por: Cleber Dimarzzio, músico

Sendo o 11° álbum da banda e produzido por David Gilmour, Roger Waters, James Guthrier e Bob Ezrin, The Wall, como  os três álbuns anteriores, chega como um disco conceitual. Uma “ópera rock” que completa 44 anos. Abordando temas como abandono e isolamento pessoal, a obra gira em torno do personagem fictício “Pink”, inspirado no próprio Roger Waters e que, anos mais tarde, viria a ser interpretado por Sir. Bob Geldof no icônico filme “The Wall” sob a direção de ninguém menos que Alan Parker.

A perda do pai na 2° guerra, ridicularizações abusivas por parte de alguns professores, a mãe super protetora e o fim do seu casamento descontam como tijolos desse muro metafórico retratado ao vivo durante os shows.

Outro ponto que também marcou o disco foi a demissão do tecladista Richard Wright ainda durante o processo de gravação e concluindo como músico contratado. Esse fato em particular desencadearia a separação e uma briga jurídica pelos direitos e nome da banda.

Assim como no The Dark Side of The Moon (1973) e no Wish You Where Heare (1975), The Wall  traz algumas referências ao ex-membro e fundador da banda, Syd Barret, numa referência à turnê pelos EUA abortada em 1967 no trecho da música Nobody Home (“selvagens olhos arregalados”) e em Comfortbly Numb, por sua vez, inspirada por infeções de relaxante muscular para tratar efeitos da hepatite.

Pra encerrar deixo um questionamento floydiano: Em algum momento da sua vida vc se sentiu como o “Pink” ?