A minha relação com música vem desde a infância. Lembro do meu pai ouvindo discos de música sertaneja, em Brasília, cidade onde morei de 1973 até finalzinho de 1980. Quando John Lennon foi assassinado, vi minha mãe chorando ao saber da notícia pelo rádio. Eu ainda não conhecia a magia musical da banda de Liverpool, The Beatles, o que só aconteceu anos depois.
Falei em música sertaneja, mas era a de raiz, a que campeava no interior do Estado de Goiás. Ouvia Lourenço e Lourival cantando “Menina da Aldeia” ou Milionário e José Rico, com “Estrada da Vida”. Ouvia e gostava de um disco de Altemar Dutra presenteado pelo próprio, autografado, para meu pai.
E tinha outras figuras que me lembro como um disco duplo do Franck Zappa, um compacto (EP) de Paul McCartney (Coming Up), Queen (Crazzy Little Thing Called Love) e um do KC & The Sunshine Band, cantando I Love You So. Lembro de tudo isso do alto de meus sete anos de idade.
Quando voltamos para Mossoró, tive a oportunidade de escutar a banda Trepidant´s. Mais do que isso: minhas tias eram fãs e me levaram certa vez para um show da banda no famoso Imperial, no Alto de São Manoel. Depois veio os Beatles e tudo se modificou. Virei fã incondicional.
Apesar de todo o meu amor pelas músicas dos garotos ingleses, e como gosto muito de música, sempre ouvi vários estilos. Nunca fui um fã radical, pois escuto desde música clássica até heavy metal. Descobri nesse ecletismo muitas bandas, cantoras e cantores maravilhosos. Estilos diversos, “vibes” variadas.
Dito tudo isso, bateu uma vontade de escrever esse texto porque eu estava no carro hoje (quinta-feira, 23) e pensei numa banda do Havaí e me perguntei se alguém aqui em Mossoró já teria ouvido. Quem gosta de música sabe bem o que estou dizendo. Quando você ouve uma banda que você gosta, cantor ou cantora, fica a imaginar se alguém naquele minuto, em alguma parte do mundo, está ouvindo o mesmo que você. É a sintonia.
Então, para quem não conhece, convido você que está lendo neste momento a “saborear” com os ouvidos a banda Kalapana. Originária de Honolulu, Havaí (EUA), “em 1975, a banda lançou seu álbum de estreia autointitulado Kalapana, com Jackie Kelso no sax e flauta, Bill Perry no baixo e Larry Brown na bateria. O álbum foi um grande sucesso no Havaí e no Japão” (fonte: https://acesse.one/fKtRL).
Não lembro como se deu meu primeiro contato com a música da banda Kalapana, mas a sonoridade, o ritmo, o timbre, foi inebriante. É gostoso de ouvir. Então é isso.
Espero que você aceite a dica e ouça o som da banda de Honolulu: