Tobias Forge, a mente criativa por trás da banda sueca Ghost, falou sobre a decisão de tornar a sua turnê mundial uma “experiência sem telefone” em uma nova entrevista ao canal francês Riff X. Segundo ele, curtir um show sem o celular em mãos é comparável à sensação de um fumante que abandona o cigarro: “Eu parei de fumar em 2012, e lembro que não conseguia imaginar beber uma cerveja sem um cigarro na mão. Foi estranho no começo, mas depois veio a liberdade. É o mesmo com os celulares — no fim das contas, você se sente melhor” (via Blabbermouth).
A ideia, que já havia sido testada nas apresentações gravadas para o filme-concerto do Ghost, “Rite Here Rite Now”, no Kia Forum, em Los Angeles, passou a ser adotada nesta nova tour. O público é orientado a manter a posse de seus aparelhos lacrados em bolsas Yondr enquanto rola a apresentação musical. “Eu senti uma conexão muito mais direta com a plateia, e a banda tocou melhor. Foi como um renascimento da experiência ao vivo”, contou Forge, afirmando que a decisão surgiu após perceber que o uso constante dos celulares afastava o público do momento presente.
Mesmo ciente da resistência de parte dos fãs, o cantor afirma que as reações, após os shows “offline”, foram extremamente positivas. “As pessoas estavam preocupadas antes, mas depois vinham dizer que foi incrível. Por duas horas, elas se sentiram livres das correntes do éter”, disse. Ele completou: “Quero que a experiência Ghost seja coletiva, intensa, sem distrações. Que as pessoas saiam dali mais leves.”
O vocalista reforçou que essa é a proposta dos seus novos concertos: menos tela, mais presença. “Depois do show, você pode ligar pra todo mundo, postar, reclamar se quiser. Mas durante, eu quero que você esteja ali de verdade. Esse é o show agora.”