Romance

Autora e roteirista paulistana, que atualmente vive em Copenhague, na Dinamarca, mescla leveza e intensidade ao abordar perpetuação de ciclos traumáticos em diferentes gerações de mulheres

Por: Redação

Referências musicais icônicas, investigação e um toque de romance: a estreia da escritora e roteirista paulistana Patricia Tischler em Vanessa Halen: tudo o que não quis mas já  (135 págs.) mergulha na cultura pop enquanto aborda temas profundos como luto e autodescoberta.

Na obra, a jornalista investigativa Vanessa Halen precisa lidar com o luto pela morte de sua tia-avó Leila, a única familiar que realmente marcou sua vida. Mas sua dor se transforma em uma jornada de descobertas quando encontra um armário misterioso no apartamento da tia, revelando segredos que conectam o passado e o presente. Com uma narrativa dinâmica que se alterna entre São Paulo e Florianópolis, a autora constrói um enredo que combina investigações familiares e relações amorosas inesperadas.

O nome da protagonista é uma referência direta à banda de hard rock Van Halen – uma escolha da mãe ausente que Vanessa nunca aceitou bem. O humor ao peso dos nomes continua quando ela conhece Eric Clapton Guimarães e Souza, um funcionário de um Poupatempo que, além do nome famoso, compartilha traumas familiares e uma inesperada conexão com a protagonista.

Entre referências do mundo pop e dilemas modernos

O livro não apenas revisita laços intergeracionais e traumas familiares, mas também celebra a liberdade de mulheres que fazem escolhas incomuns e desafiam expectativas sociais. Em meio a diálogos afiados e ambientações detalhadas, referências musicais permeiam a trama – de Van Halen a Eric Clapton –, construindo uma atmosfera nostálgica e autêntica.

Além do romance com Eric, Vanessa encontra apoio na amiga Marta, sua confidente e cúmplice nas investigações sobre o passado de Leila. As conversas entre elas trazem à tona dilemas modernos, desde independência emocional até maternidade, com Marta revelando estar grávida em um momento crucial da trama.

Patricia Tischler e sua jornada na escrita

Patricia Tischler já viveu em diversas cidades do mundo, como Brasília, Florianópolis, Madri, Londres e Copenhague, onde reside atualmente. Após um flerte com o universo da yoga, e atualmente com uma carreira profissional no Itamaraty, ela encontrou na escrita sua verdadeira paixão. Com influências que vão do cinema ao rock clássico, Patricia desenvolveu sua voz narrativa explorando roteiros e, agora, a literatura.

Seu primeiro romance foi escrito em pouco mais de dois meses, impulsionado pela liberdade criativa da ficção. Atualmente, ela já trabalha em novos projetos, incluindo seu segundo livro e a coletânea de contos “Tragédias Paulistanas”, que teve um texto publicado na edição de setembro/outubro da revista The Bard.

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