A cantora mossoroense Dayanne Nunes revelou nesta segunda-feira (20) ter sido vítima de violência física em um bar em Mossoró. Em publicação nas redes sociais, a artista relatou ter sido agredida por um homem desconhecido, enquanto estava com um amigo e sua namorada no bairro Boa Vista, e afirmou que, apesar do medo e do choque, buscou imediatamente as autoridades para registrar a ocorrência (veja vídeo).

“Ontem eu fui vítima de violência física em um bar aqui em Mossoró. Fui agredida por um homem que eu não conheço, nunca havia visto. Mesmo com medo e em choque, eu chamei a polícia e fui até a delegacia registrar o Boletim de Ocorrência”, escreveu.

No relato, Dayane destacou que decidiu tornar o caso público como forma de romper o silêncio que muitas mulheres ainda enfrentam diante da violência. Ela reforçou que a agressão tem um contexto que ultrapassa o episódio isolado, expondo as vulnerabilidades enfrentadas por mulheres negras e homoafetivas no país.

“Ser mulher, ser negra e ser homoafetiva ainda nos coloca em risco dentro e fora dos espaços públicos (e isso é desesperador). Mas eu não vou me calar. Nenhuma de nós deve se calar”, declarou.

A cantora afirmou que espera que o caso sirva de alerta para a sociedade e de incentivo para que outras vítimas denunciem agressões. Em outro vídeo, a artista denunciou que nos finais de semana somente a Delegacia de Plantão estava funcionando, enquanto que a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher não, o que dificultou o registro da denúncia.

“Que esse vídeo sirva pra nos lembrar: denunciar é um ato de coragem, não de fraqueza. E que os homens entendam, de uma vez por todas, que respeito não é opcional. Nosso corpo não está à disposição”, finalizou.

O caso reacende o debate sobre a segurança das mulheres em ambientes públicos e de lazer, e sobre a importância de denunciar casos de violência de gênero. A cantora recebeu apoio de colegas músicos, fãs e ativistas nas redes sociais, que se solidarizaram e cobraram medidas contra o agressor.

Até o momento, a identidade do homem e outras circunstâncias da agressão não foram divulgadas. A Polícia Civil deve investigar o caso.