Coluna Notas Musicais

Leia também na coluna do Tio Colorau sobre a mágoa de Guilherme Arantes sobre o Rock in Rio e a nova música de Slash

Por: Tio Colorau

* O guitarrista Slash lançou no último dia 8 de fevereiro a música “Killin Floor”, com Brian Johnson (AC/DC) nos vocais e Steven Tyler (Aerosmith) na gaita. É o primeiro single do próximo álbum de Slash, “Orgy of the Damned”. A canção é uma versão de uma música gravada em 1964 por Howlin’ Wolf.

* I – O palco tem sido iluminado com as cores verde e amarela quando Zé Ramalho executa a canção “Admirável Gado Novo” na sua nova turnê, “Show dos Sucessos”. O gesto tem sido compreendido como uma alusão ao bolsonarismo. A produção e o cantor não se manifestaram a respeito.

* II – Nem precisa se manifestar, é claramente uma menção aos apoiadores do ex-presidente, que são pejorativamente chamados de “gados”. Vale lembrar que em 2021 Zé Ramalho não quis participar de um projeto de Sérgio Reis justamente pelo posicionamento político do sertanejo.

* I – Guilherme Arantes é “um pote até aqui de mágoas” quando se trata do Rock in Rio, evento para o qual nunca foi convidado. Em recente show ele voltou a alfinetar os organizadores: “Minha música não serve para tocar na praça de alimentação do Rock in Rio”, disse no Sesc Pompeia, dia 6 de fevereiro.

* II – Não é a primeira vez que o cantor e compositor lança farpas contra o evento. Em 2019, no Facebook, ele escreveu que a ausência de Ritchie na primeira edição do festival foi uma das maiores injustiças que já viu. Noutra oportunidade criticou a escalação de Ivete Sangalo, dizendo que a cantora já “deu o que tinha que dar”.

* Em entrevista ao canal Brut, o vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, disse que não leva uma vida de “astro do rock”. Revelou que nem carro possui, se locomove de bicicleta ou metrô. Falou ainda que quase nunca dá autógrafos no metrô, pois “as pessoas não acreditam que sou eu, pensam ser alguém parecido comigo”.

* Ao canal de Vítor Rabelo, o cantor e compositor Zé Ramalho disse que a música de Raul Seixas que mais o impactou foi “Medo da Chuva” (1974). Na visão dele, a mistura de uma linguagem popular com uma filosofia profunda e existencial, algo muito difícil de fazer. O paraibano afirma ainda que chorou muito escutando a canção.

* O empresário Roberto Medina, idealizador do festival Rock in Rio, revelou ao jornal O Globo que o show que ele mais gostou, em todos esses anos, foi o de James Taylor, na primeira edição, em 1985. Ele conta que foi uma contratação difícil, pois Taylor estava no fundo do poço, recluso num rancho. A apresentação deu um novo gás em sua carreira.

* O documentário “Lupicínio Rodrigues – Confissões de um Sofredor”, em cartaz nos cinemas, relata o cantor gaúcho como o “avô” da sofrência. O filme mostra que Lupicínio sempre era visto em bares, sofrendo por alguma mulher, e invariavelmente com os cotovelos na mesa, daí a expressão “dor de cotovelo”.

* A música “Eu Quero É Ver o Oco”, dos Raimundos, foi inspirada num acidente real sofrido pelo saudoso baixista Canisso, que teria capotado seu fusquinha após uma curva. A expressão que dá nome à canção é usada em Brasília no sentido de botar toda a raiva para fora.