A cantora mossoroense Val Montenegro, 16, vive um momento especial em sua trajetória musical. Jovem, talentosa e com uma voz marcante, já destacada no BOLSA DE DISCOS, ela acaba de lançar um single, “Faded Memory”, nascido de uma experiência pessoal profunda e que agora ganha as redes por meio de uma competição de música. A canção, escrita após um período delicado de sua vida, segundo a artista, marca também uma virada musical: a transição da fase em banda para a carreira solo.
O concurso não permite a publicação da letra na íntegra ainda, mas o BDD traz um trecho:
Go open your eyes
You can see what did you do
with the blood on your hands
see a song lose its soul
For me you are a faded memory
(Vá abra seus olhos, pode ver o que você fez com sangue em suas mãos, veja uma música perder sua alma. Para mim, você é uma memória desaparecida)
Nesta entrevista ao BDD, Val fala sobre o processo criativo da música, as colaborações com músicos experientes como Márcio Rangel e Gideão Lima, e o aprendizado adquirido nessa jornada que mistura emoção, amadurecimento e autodescoberta.
Bolsa de Discos – Como nasceu o single “Faded Memory”, que você está lançando agora?
Val Montenegro – Tudo começou quando fui escolhida pelo meu orientador para representar a escola em uma competição internacional de música. Eu já tinha ela escrita desde novembro do ano passado, num momento meio sombrio da minha vida. Foi um reencontro comigo mesma, como pessoa e artista. A música surgiu nesse contexto e, curiosamente, foi no mesmo período em que entrei para a banda do [guitarrista] Márcio Rangel.

Bolsa de Discos – E como foi o processo de criação e produção da canção?
Val Montenegro – Eu já tinha a letra e a melodia na cabeça, e pedi para o Márcio criar a harmonia para o violão. Ele fez isso de um jeito incrível — até hoje guardo o primeiro áudio. Mas depois a gente acabou deixando a música de lado por um tempo. Quando surgiu a oportunidade da competição, minha mãe lembrou dela e disse: “Por que você não usa aquela música?”. E foi aí que tudo começou a tomar forma novamente.
Bolsa de Discos – Esse trabalho marca também uma nova fase, sua carreira solo, certo?
Val Montenegro – Sim. Eu tinha saído da banda [ela integrava grupo com Márcio Rangel, Patrick Ranieri e Nonato Silva] para seguir um caminho mais individual, até porque achamos que, por eu ser mais nova, talvez minha linguagem combinasse melhor com uma proposta solo. Mas tenho um carinho enorme por todos os integrantes — aprendi muito com cada um, tanto como artista quanto como pessoa.
Bolsa de Discos – Como foi a parceria com o músico Gideão Lima na produção?
Val Montenegro – Foi maravilhosa. O Márcio manteve contato com a minha mãe e nos apresentou ao Gideão, que é um músico extraordinário, com ouvido absoluto e um conhecimento impressionante. Levamos a ideia para o estúdio, conversamos sobre a música e, no mesmo dia, ele já disse: “Está pronta, pode vir gravar”. Gravamos as vozes e foi uma experiência incrível. Aprendi demais com ele.
Bolsa de Discos – O que essa música representa pra você hoje?
Val Montenegro – Representa um recomeço. É uma volta a mim mesma, uma forma de transformar sentimentos difíceis em arte. Fiquei emocionada quando percebi que algo que escrevi num momento tão pessoal pôde ganhar vida e chegar a mais pessoas. Ainda me sinto insegura, claro — é o primeiro trabalho, e sei que há muito a aprender —, mas me sinto muito abençoada por ter conseguido realizar esse projeto.
SOBRE O SINGLE:
Gravado, mixado e masterizado no GFStudio /
Produtor: Gideão Lima
Orientador: Almir
Direção de vídeo: Junara Santos
Editor de vídeo: @art_mdrs Matheus
