Luto

O quadro de saúde do compositor era delicado e ele estava intubado por causa de complicações cardíacas e pulmonares. A seção Acervo do Blog William Robson trouxe uma entrevista com Zé Lima, quando ele promovia o seu disco “Heroi do Sertão”, em 1997, e onde falou sobre detalhes de sua carreira e participações em festivais

Por: William Robson, editor

O poeta e músico Zé Lima poeta morreu na manhã desta sexta-feira (7). Ele estava internado na  Unidade de Terapia Intensiva (UTI)  do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) em Mossoró. O quadro de saúde do compositor era delicado e ele estava intubado por causa de complicações cardíacas e pulmonares.

A seção Acervo do Blog William Robson trouxe uma entrevista com Zé Lima, quando ele promovia o seu disco “Heroi do Sertão”, em 1997,  e falou das premiações que recebeu e também da oportunidade de estar presente em uma das competições mais importantes da música nordestina, promovida pela TV Globo: o festival Canta Nordeste.

A quinta edição do Canta Nordeste, aconteceu em 11 de outubro de 1997 e fez o cantor e compositor Zé Lima mudar radicalmente o seu ponto de vista sobre determinados assuntos. Por pouco o artista não foi a Natal levar a sua canção “Vida de Violeiro” para competir no evento promovido pela TV Globo. Ele estava chateado porque Mossoró nunca havia ganho uma única vez no festival. mesmo participando de todas as edições.

Sua composição, feita especialmente para o festival foi classificada em primeiro lugar na primeira etapa, das três a serem disputadas. “Fiquei surpreso. Jamais pensei que Mossoró pudesse ganhar em Natal”, disse Zé Lima, natural da cidade de Santana do Matos, cheio de alegria A noticia se espalhou como uma epidemia na cidade e o telefone da sua casa não parou de tocar naquele dia, com pessoas querendo dar-lhe os parabéns

Zé Lima também começou a acreditar em Deus. Ele se considerava cético e materialista até que a dupla evangélica Zélia e João de Deus “profetizou” a sua vitória no festival e fez uma oração para melhoar  o desempenho de suas cordas vocais. “Zelia colocou a mão no meu pescoço e eu senti um negócio rasgando na garganta”, contou na entrevista. “Sei que estava rouco que nem um pato e, como num milagre, fiquei com a voz perfeita”.

Zé Lima recentemente promovia shows de música regional e apresentava o programa “Coisas do Sertão”, na TCM.