Imagem: John Lodge, vocalista no Moody Blues, durante cerimônia no Hall da Fama dos Compositores, em 2019 — Foto: ANGELA WEISS
O mundo do rock perdeu um de seus nomes mais marcantes. John Lodge, vocalista, baixista e compositor da lendária banda britânica The Moody Blues, morreu aos 82 anos, conforme comunicado divulgado por sua família nesta sexta-feira (10). A nota descreve a morte como “repentina e inesperada”, sem revelar a causa.
Lodge foi uma das figuras centrais do rock progressivo britânico. Ele se juntou ao The Moody Blues em 1966, dois anos após a formação original do grupo, e permaneceu na banda por mais de cinco décadas — até o encerramento das apresentações ao vivo, em 2018, ano em que o grupo foi introduzido no Hall da Fama do Rock and Roll.
Durante sua trajetória, John Lodge ajudou a moldar a sonoridade única do The Moody Blues, marcada pela fusão entre rock, orquestrações e experimentações psicodélicas. Ele foi peça fundamental em alguns dos álbuns mais icônicos do grupo, incluindo o clássico “Days of Future Passed” (1967) — considerado um dos primeiros álbuns conceituais da história do rock — e “In Search of the Lost Chord” (1968), que consolidou o status da banda como uma das mais inovadoras da época.
Entre suas composições mais conhecidas estão “Ride My See-Saw”, “Isn’t Life Strange” e “I’m Just a Singer (In a Rock and Roll Band)”, canções que refletem sua habilidade em unir letras filosóficas e melodias sofisticadas.
Mesmo após o fim das turnês do The Moody Blues, Lodge continuou ativo na música, lançando projetos solo e participando de eventos que celebravam o legado do rock progressivo.
A morte de John Lodge representa o fim de um capítulo importante na história da música britânica. Sua contribuição ao The Moody Blues e à evolução do rock conceitual permanece viva — não apenas nos discos, mas na influência que ecoa em gerações de artistas e fãs que encontraram, em sua música, um som que transcende o tempo.
