Memória

O jornalista Dorian Jorge Freire, que faleceu em 2005, era uma das mentes mais brilhantes de Mossoró. Sua biblioteca particular era composta por, pelo menos, dez mil títulos. Dorian, em entrevista ao jornalista William Robson em 1999 para o jornal Gazeta do Oeste, falou sobre suas preferências em termos de música, livros e filmes

Por: William Robson, editor

O jornalista Dorian Jorge Freire, que faleceu em 2005, era uma das mentes mais brilhantes de Mossoró. Sua biblioteca particular era composta por, pelo menos, dez mil títulos. Dorian, em entrevista ao jornalista William Robson em 1999 para o jornal Gazeta do Oeste, falou sobre suas preferências em termos de música, livros e filmes. O jornalista elencou “Dom Casmurro” entre os melhores livros já lidos. “Bentinho e Capitu é o drama universal do ciúme e do adultério”, disse à época. A lista ainda é composta por “Crime e Castigo”, de Fedor Dostoievski, e “Ulisses”, de James Joyce, “a história de um dia de um homem universal”.

A revolução russa de 1905 contada em “O Encouraçado Potemkin”, do cineasta Sergei Eisenstein, “Cidadão Kane”, de Orson Welles, “Central do Brasil”, de Walter Salles e “Vidas Secas”, de Nelson Pereira dos Santos foram os melhores filmes vistos por Dorian Jorge Freire.

Dorian também foi amante da Música Popular Brasileira e disse que é “dificil enumerar três entre mil canções amadas”. Mesmo assim, relacionou “Pierrot Apaixonado”, de Heitor dos Prazeres e Noel Rosa, “Rosa”, de Pixinguinha e “Chão de Estrelas”, de Orestes Barbosa. “Dei- xe que eu cite também ‘Assum Preto’ de Humberto Teixeira e Luis Gonzaga”, concluiu o jornalista.