Robson Régis está na cena musical há muitos anos, passando por várias bandas em que sempre se destacava com sua voz potente. Também se arriscava no violão, instrumento que deixou um pouco de lado, para efetivamente se tornar um lead vocal. Com a Robinzband consegue imprimir mais do que isso, adicionando forte presença de palco, figurinos variados e apostando na interação com o público.
Robinzband hoje é o maior expoente da cidade entre os grupos cover. Tem agenda sempre requisitada, parcerias em avanço e novos projetos de ingressar no circuito dos buffets, dos casamentos, aniversários e formaturas. Sempre como uma banda cover, sem abrir mão, mesmo com composições próprias no forno, que devem ser lançadas dentro de alguns meses em projeto paralelo.
Robinho relembra o início da banda, dos projetos para este ano e dos destaques e reconhecimdento que vem alcançando, nesta exclusiva ao BDD. A Robinzband, composta ainda por Juan (baixo), Kecinho (bateria), Ruann e Juninho (guitarras), Luiza e Alana (backing vocals), Carlos (teclados) é relativamente nova. Foi formada em 2019, mas com a pandemia no ano seguinte, muita coisa precisou ser mudada. Ele também fala disso. Agora a banda está a todo vapor, com músicos azeitados e uma dupla de backing vocals, Luiza e Alana, que Robinho faz questão de ressaltar como “vozes supremas”. Além de deixar bem claro o compromisso do grupo, ao afirmar que o projeto é sério, empolgante e que sempre se diverte nos shows.
Antes de você começar detalhando os novos projetos, fale um pouco da Robinzband.
Em 2019, surge a Robinzband e nossa pretensão inicial era dar continuidade a um projeto que tínhamos anteriormente de fazer alguns shows para motociclistas, tocar em pubs, fazer os pop-rock, mas com a intenção de incrementar uns dances também. Queríamos uma banda nova mesmo. E foi incrível. Nos primeiros shows, rapidamente, a banda formou uma agenda. A gente começou a ter uma agenda tecnicamente mensal e, depois, bimestral. 2019 foi o ano que a gente mais tocou. Fizemos mais de cem shows.
E continuou nesta pegada?
Sim, em 2020 tínhamos agenda até abril e maio, mas vem a pandemia e tora as pernas de todo mundo. Nossa classe musical foi afetada logo no começo e no fim também. Ficamos naquela loucura. Quando a gente volta em 2021, ainda com todos aqueles cuidados, fizemos duas lives via TCM. A banda arrecadou bem e começamos a entrar numa campanha para ajudar a todos os demais músicos. Mas, a gente estava morrendo de saudades de voltar aos palcos e, segundo dizem, um ponto forte da Robinzband é a interação com o público. E quando a gente volta, percebemos a sede desta interação das pessoas.
Então, já tinha um público fiel nos shows?
Por incrível que pareça, as pessoas achavam que a Robinzband não era daqui de Mossoró. A gente era pouco conhecido. Em 2019 e 2021, por exemplo, foram os anos que tocamos muito em outros lugares e pouco aqui. Foi quando pensamos ser necessário tocarmos mais em Mossoró para que as pessoas pudessem conhecer nosso trabalho. Em, 2022, tínhamos o desafio de fazer a banda acontecer, porque é uma banda grande (numericamente falando). São sete componentes, além do pessoal de apoio. Mas, tínhamos as barreiras dos locais de Mossoró que estavam se adaptando para palcos menores, para bandas pequenas ou apenas para voz e violão. Aí, pensamos: como vamos entrar? Porque nos divertimos muito, mas o projeto é serio. A gente sorri seriamente (risos). Temos muita qualidade. Sou apaixonado pela musicalidade de nossos músicos, de cada um deles e delas – com suas vozes supremas. Eu me encanto, me divirto e me emociono sempre.
Os bares foram uma forma de tornar a banda conhecida?
Isso. Nos quatro cantos da cidade, quando a gente falava da Robinzband, a galera da cena não nos conhecia. Em 2023, a gente resolveu tocar muito aqui para resolver isso, mantendo a pegada do rock, pop e dance. E deixar claro que a Robinzband é uma banda genuinamente mossoroense.
Há perspectivas de incluir algum trabalho autoral ou mesmo ampliar o repertório com mais músicas?
Autoral não, porque acreditamos que a identidade da banda, de forma orgânica, é cover. Vamos neste trilho, Se a gente colocasse uma música autoral no meio das covers, soaria estranho e não saberíamos como o público iria compreender. Poderia ficar confuso. Mas, eu, Robinho, tenho músicas autorais e penso em lançar em 2024 alguma coisa. O nosso baixista Juan Mendonça também tem músicas autorais, puxando mais para o indie. Luíza [backing vocal] idem. Nossos integrantes têm trabalhos autorais paralelos à banda, mas da minha parte talvez lance algo em seis meses, por ai. No caso da Robinzband, não.
E como vocês se organizam em termos de repertório e shows?
Como eu disse, a gente é muito orgânico, bem natural. Foi assim como os componentes, com nosso set list, com os shows, com o número de seguidores da banda. Os nossos seguidores participam, comentam, opinam, sugerem. E a gente sempre responde. Nas nossas redes sociais, principalmente o Instagram, temos esta interação maior. Tudo na banda é muito natural.
Quais os novos projetos, então, para este ano?
Em 2024, já entramos com uma parceria firme com a CYM Iluminação e já estamos engatinhando no circuito das formaturas, aniversários, casamentos… Alguns eventos, como o último que fizemos em Tibau no Senset, já teve esta pegada de eventos de médio e grande porte. Claro que não vamos abandonar os barzinhos, mas a banda está focando neste novo caminho em 2024. Vamos remando nessa.