Imagens: Divulgação/Mada
O BOLSA DE DISCOS testemunhou uma noite histórica em Natal, na sexta-feira (13). O rock e o funk se uniram através de emblemáticas vozes femininas que representam os estilos no Brasil. O Festival Mada uniu Marina Lima, 68, e Fernanda Abreu, 62, num dos mais antológicos shows do lineup do evento. Uma sinergia que, inclusive, uniu dois bateristas ao mesmo tempo.
O show começa com o peso da caixa que abre a música “Acontecimentos”, uma balada que, por si só, já é um convite. Marina entra no palco com sua voz rouca e a forte presença de palco. O tecladista Carlos Trilha, que entrou na fase final da formação do Legião Urbana (sempre como músico de apoio), estava lá, mantendo o pavimento harmônico com muita competência.
Fernanda Abreu traz seus maiores sucessos, boa parte dos discos de estreia “Sla Radical Dance Disco Club”, e divide o palco com Marina em “Mesmo que Seja Eu”, de Erasmo Carlos. Cazuza e Renato Russo foram homenageados, o último na batida “Ainda é Cedo”, faixa que integra o disco ao vivo que Marina lançou em 1986.
“Rio 40 Graus”, na levada maracatu misturada com funk do disco “Raio-X”, lembrou Chico Science. Fausto Fawcett, rememorado em “Kátia Flávia”, foi um passeio oitentista com roupagem atual. Aliás, um dos pontos favoráveis foi a qualidade dos arranjos, do áudio do festival, e das versões que uniram ambas as cantoras. Marina transitou pelos seus principais sucessos: “Pra Começar”. “Fullgás” levantou um coro na Arena das Dunas (“Você me abre seus braços/E a gente faz um país…”) e em “Uma Noite e Meia”.
Além de tudo, os aplausos efusivos para um dos destaques do show: o beijo de Marina e Fernanda Abreu. Na citada música”Mesmo que Seja Eu”, as duas trocaram um selinho. Sem dúvida, numa das noites mais esperadas do festival, uma apresentação inesquecível.